Uma amiga me postou (ou tentou postar)

Tenho amigas ótimas... Até aí tudo bem. Qual mulher não as tem?

Tenho velhas e novas amigas. Loiras, morenas, ruivas, crespas, de cabelos pintados, grisalhas, de óculos. Bonitas, cheirosas, inteligentes, cultas, gastadoras, econômicas, falantes ou silenciosas, que ligam de manhã cedo, mandam mensagens de texto, que caminhamos juntas, que bebem vinho ou não bebem, que moram longe ou perto.

Todas dirigem (seus carros e suas vidas).

Há aquelas com quem falo quase que diariamente, aquelas com quem pouco falo, aquelas que encontro uma vez por ano, aquelas que enviam e-mails. Há aquelas próximas que já esqueceram meu aniversário e cujo aniversário também esqueci. Há as que gostam de presentear, as que ‘racham’ a conta, as que vêm jantar e cozinham. Há as amigas ‘fashionable’, as esotéricas (na nossa idade, quem nunca foi?), as de ‘tecnologia de ponta’ e as que só sabem ler e-mails. Há as que checam meu blog toda semana, as que enviam fotos, que contam o que estão lendo, e aquelas que nunca o abriram (não é cobrança... rs – talvez por saberem muito de mim).

Meu texto hoje, como os demais, veio de um ‘de repente’, de um comentário que uma delas não conseguiu postar e pediu para eu fazê-lo.

Lembrei de todas, sem exceção. Lembrei que na próxima semana se celebra o dia do amigo (ainda se celebra??? sempre fui desconfiada com essas datas). Todas, indiscutivelmente, têm me ‘seguido’ por anos e têm ouvido as minhas histórias, incansavelmente, sem reclamação. Há aquelas que ‘entraram em frias comigo’ e com quem ‘entrei em frias’.

Porém, o que determina e fortalece a amizade a meu ver, é a semelhança de experiências. Talvez a cronologia também auxilie por termos empreendido, na mesma época, as mesmas práticas. Contudo, isso não é um indicador preciso. O fator decisivo é o real ‘entender’ do outro, é poder dizer, com todas as letras, ‘eu compreendo exatamente o que estás dizendo, porque também vivi isso’. Seja o ‘isso’ bom ou ruim, seja o criar um filho, a separação, o ‘caso’ com alguém, a grana curta, a troca de emprego, a primeira viagem ao exterior, um imenso amor, a decepção, a mudança de casa, o prazer, a perda, os diferentes lutos da vida, a morte.

Só a amigas se aplica isso. Sem julgamentos, críticas, inveja, comparações. Pelo contrário. Elas desejam sucesso umas às outras, saúde, amores, paciência. Ligam ‘só para saber’ se estamos bem. Sabem se estamos ou não, e nos respeitam, sempre. São gratas por escutarmos a elas e lhes somos gratas por nos ouvir.

Amigas são diferentes. Seria impossível colocá-las no mesmo lugar, no mesmo momento. Elas são um pouco de nós e nós delas, em momentos e lugares diversos.

Para concluir, abaixo, o que uma delas me pediu para postar, com a foto de outra, para colorir o fim-de-semana cinzento, frio, ‘molhado’ (minhas amigas sabem que adoro).


Sobre saudade – é saudar o outro dentro de si.

Sobre Paris, ela cita Mário Quintana: ‘Dizem que as oportunidades são iguais para todos. Eu sempre quis conhecer Paris e tem gente que nasceu lá....’

Um comentário:

  1. Me encontrei ali, principalmente na parte de "entrarmos numa fria" (rsrsrsr). Brincadeiras à parte, é MUITO bom ser tua amiga Mirila, e por falar em "Mirila", esqueceste de dizer que amigas se dão apelidos tbm. Bjo minha amiguinha.

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