'God Only Knows..' - Beach Boys

Composição : Brian Wilson/T.Asher
 
I may not always love you
But long as there are stars above you
You never need to doubt it
I'll make you so sure about it
God only knows what I'd be without you
If you should ever leave me
Though life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
If you should ever leave me
Well life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows
God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you
God only knows
God only knows what I'd be without you

The Beach Boys - God Only Knows (Brian sings lead)

" O problema do tempo é que ele passa..."

'21 Grams' ou '21 Gramas'

'Quantas vidas nós vivemos? Quantas vezes nós morremos? As pessoas dizem que nós todos perdemos 21 gramas... no exato momento de nossa morte. Todo mundo. E quanto cabe em 21 gramas? Quanto é perdido? Quando nós perdemos 21 gramas? Quanto se vai com eles? Quanto é ganho? Vinte e um gramas. O peso de um punhado de moedas de cinco níqueis. O peso de um beija-flor. Uma barra de chocolate. Quanto que pesa 21 gramas? '

Ao assistir esse filme há uns dois anos atrás, assisti com olhos diferentes. Na época falei sobre ele para algumas pessoas; porém, nunca esqueci da história por detrás dos 21 gramas. 

Particularmente, gosto do trabalho de Sean Penn e Naomi Watts. E, embora o filme seja de 2003,  é contemporâneo, tratando de verdades duras em relação a amor, fé, coragem, desejo e culpa. É uma trama não linear, que para os 'desacostumados' (como eu), toma-se alguns minutos para entender. São três pessoas que se cruzam e cujas vidas irão mudar, completamente, em função desse encontro. 

É um filme daqueles para ser visto, revisto e revisto. Conta com a direção do Mexicano Alejandro González Iñárritu, foi escrito por Guillermo Arriaga e rodado inteiramente nos EUA.

Dica de outono, já que ele começa neste final de semana.  ;)














'Haru'

Leio a frase de um amigo: “Sentindo-me como um Japonês...”

Vejo a foto da mulher sentada no chão, chorando, ‘sobrevivente meio ao caos’ -de acordo com a manchete.

Não consigo evitar de ver as outras fotos, as outras tragédias pessoais: a mulher que grita chamando pelo parente desaparecido, a menina com alto nível de radiação que não pode tocar o cão, o perigo iminente da explosão da usina, as prateleiras vazias.
Penso nas catástrofes individuais, ‘tsunamis’ arrasadores em nossas frágeis vidas, terremotos destruidores que nos deixam desequilibrados, bombas atômicas que nos avassalam. Contudo, a devastação massiva, o descontrole generalizado, a desordem disseminada ocorrendo em nosso planeta, com pessoas que compartilham conosco suas perdas, dores, seu desespero, nos tocam profunda e inexoravelmente, nos conduzindo à reflexão e a um sentimento de solidariedade veemente, e, por um momento, sinto-me envergonhada de minhas pequenas preocupações. E meu mundo se torna imenso; além da cerca da minha casa e da minha pequena família, além da minha profissão, da minha conta bancária, da minha rede de amigos ou das minhas poucas e esparsas posses, que nada mais são que ‘empréstimos’ que recebi temporariamente. E as coisas materiais tornam-se nada, não me tornam acima, abaixo, ‘in’ ou ‘out’. O que permanece, persiste e revive, é essa minha essência repleta e incompleta, que luta, busca, que perde, mas que sempre ganha, sem saber; mesmo que isso seja somente visto por mim.

O Japão, indubitavelmente, não será mais o mesmo; transpõe mais uma guerra que mobiliza os pensamentos de outros - como nós. O Japão agora não é mais apenas uma ilha hiper/super/mega desenvolvida, de tecnologia avançada, com luzes brilhantes, flores nas cerejeiras, porcelana delicada, kimonos de seda, algas, caracteres ilegíveis aos ocidentais, disciplina silenciosa, gestos delicados, riqueza cultural e material. O Japão agora se localiza em nós, continentes sujeitos às intempéries, placas tectônicas que se ajustam, afastam, deslocam, chocam.  E, apenas com a passagem dos anos, dos séculos, conseguiremos perceber, com um olhar cansado, o fluxo em que fomos levados.






'Um Ato de Liberdade' ou 'Defiance'


É um filme de 2008,  lançado no Brasil em 2009, gravado na Lituânia, dirigido por Edward Zwick e protagonizado por Daniel Craig  (o Britânico que tornou-se mais conhecido como James Bond), Lieve Schreiber (uma das estrelas da série CSI), Jamie Bell (o menino Inglês de ‘Billy Elliot’) e a bela Alexa Davalos.
Três irmãos Judeus na Polônia adentram as florestas de Belarus no período da 2ª Guerra, buscando a princípio, apenas sobreviver. Com o passar do tempo, outros fugitivos da barbárie disseminada juntam-se a eles, ávidos por um momento de liberdade, carregando consigo suas pequenas malas de couro, seus livros, suas lembranças.
‘Um Ato de Liberdade’ nos remete ao interno, ao abrir mão, ao que importa. Vale à pena ser visto e revisto. Bom filme!





'Reflexões de Carnaval, Dia da Mulher e outras Mais'


Minha amiga gosta de estar atualizada. Gosta de ouvir as notícias no rádio, lê-las on line,  saber do novo software, da terminologia, saber o que está acontecendo. Mas, evidentemente, não sabe de tudo ( e nem quer saber).  Não sabe da moda nem dos cabelos até ‘topar’ na rua ou ver nas vitrines algo que ela não via há tempo ou algo diferente. Talvez ( e muito provavelmente) saiba de outras coisas que a ninguém mais interesse também, e não sabe trocar pneu de carro, nem válvula em vaso sanitário, nem resistência em chuveiro elétrico. ‘A César o que é de César’; se morasse na Inglaterra também não precisaria saber (a legislação não permite fios elétricos no banheiro - soube disso ao tentar descobrir onde se ligava a luz, já que não encontrava o interruptor).
Nas ‘férias forçadas’ abriu a página da Internet enquanto ouvia o programa no rádio para saber dos 14,000,000 de analfabetos em seu país ou da avaliação psicológica do homem que atropelou os ciclistas.  Passa os olhos pelas imagens coloridas do Carnaval e lê nomes completamente desconhecidos a ela; pessoas famosas, jogadores de futebol, atores, atrizes, modelos, cantores e aquelas que ela apenas sabe serem famosos, mas não sabe o que fazem nem de onde são. Por segundos desvia o olhar pela janela e vê sua cachorra deitada na grama, olhando para ela, tranqüila, alheia a tudo. Não sabe do feriado, do Carnaval, do dia das Mulheres. Olha a cachorra nos seus olhos fiéis e dá-se conta, que naquele exato momento, o que importa é o calor do sol, a grama verde e macia, a temperatura agradável. Minha amiga volta à  infância e recorda Fernando Sabino e sua “A Última Crônica” – ‘ torno-me simples espectador e sem mais nada para contar’.
Ela não precisa saber de tudo, estar ‘atualizadérrima’,  definitivamente. Só não pode, sem plagiar o cronista, ‘perder a noção do essencial’.

Não deu tempo