Chega, cansei de brincar de...

... verão aqui! Fico sem criatividade, sem vontade, rebelde... Ok, há menos filas em tudo, menos carros na cidade, mais lugares pra estacionar, o sol brilha sem parar.

 Mas sinto uma falta do horário 'normal', das nuvens cinza, do vento frio, do fim de tarde com luzes, da chuva que dura dias, do fogo na lareira, do cobertor, da mão, pé (e nariz) gelados, da vidraça embaçada, do banho quente, do vinho tinto, do fogão-à-lenha, das pantufas, de vestir saia com botas, de estar sempre 'limpinha'...

Claro que sei que há também desvantagens, o inverno não é só charme. A roupa lavada não seca, a cama é fria, o banho se torna difícil pra entrar e mais difícil pra sair depois, é complicado levantar cedo de manhã. Sei disso tudo, não estou reclamando.

Só estou com saudades... :(

Duas pérolas de blogs de pessoas que desconheço

'Nada pior do que aquele momento numa discussão em que nos damos conta que estamos errados.'

'Você pode estar certo e eu posso estar louca.'

Boas, hein? Aliás, tenho ficado fascinada pela quantidade e pela qualidade dos textos espalhados pelos blogs por aí. Fora a criatividade dos textos e das fotos. Pena que alguns pararam de escrever... Mas, pra tudo há um tempo, e se serviu, serviu.

As my friends know I love wintertime... Thank you soooo much!!!



'Possessão' or 'Possession'

É um filme de 2002 baseado num romance da respeitável inglesa A.S. Byatt. Não li o livro, mas gostei do filme, que conta com Gwyneth Paltrow, Aaron Eckhart, Jeremy Northam, Jennifer Ehle ( e sua incrível semelhança com Meryl Streep) e mais outros, dirigidos por LaBute.

'Possessão' é para quem gosta de poesia,  história -  particularmente da época moralista Vitoriana do século 19 -  que se mescla com os dias de hoje, trazendo dois romances complexos, um pouquinho de mistério, uma fotografia linda (Londres e o interior da Inglaterra com seus campos verdes, casas antigas e estradas de mão única) e diálogos inteligentes. Um drama romanceado, que nos mostra que o amor é sempre contemporâneo, independente da forma, distância, tempo, de se trocar cartas ou e-mails.

O enredo ‘pincela’ a intelectualidade, o formalismo e o orgulho britânicos, acentuados por aquele sotaque ‘sério’, mas gostoso de ouvir.

Assista sem expectativas, sem pressa e com olhos de alguém que já esteve apaixonado...

P.S. Falando em apaixonado, é bom ler o texto do Rod Stewart abaixo...

Rod Stewart hoje...


... me trouxe inspiração para escrever, pois eu simplesmente não conseguia me ater a algo e dar prosseguimento. Primeiro, por não ser uma escritora – sempre achei que apenas escritores sofressem disso, e não eu, que apenas redijo algumas linhas despretensiosamente. Segundo, por eu perceber que quando tenho muitos filmes a recomendar, isso significa que tenho assistido mais televisão e lido menos. Hmm...não acho isso um bom sinal.

Bem, mas não foi através da fase ‘dancing’ dele que fiquei com vontade de escrever. Não foi ‘Sailing’ que me motivou. Foram alguns cds lançados em 2005 regados a muito piano, violinos, harpas, saxofones e clarinetes, música romântica pra namorar, dar muito beijo na boca, ouvindo ‘I wish you love’, ‘You send me’ e outras que deixam o coração feliz e não o fazem chorar. Ah... um bom vinho, velas delicadas, flores frescas nos vasos, e, se houver amigo viajando para algum lugar onde se possa encontrar uma loja ‘The Body  Shop’, é bom encomendar um óleo de ‘White Petals’ para aromatizar o ambiente. Nossa...

Depois disso, o tempo irá passar, a saudade irá bater, a tristeza poderá pegar. Mas aquele pensamento rápido, daquela noite, e a memória (que nem sei mais onde mora ou se esconde, se no cérebro, coração ou alma), esses, mesmo que queiramos arrancar, deletar, esquecer, esses ainda permanecerão. Para sempre.

You know, snow...



Desculpem-me, mas eu simplesmente A-DO-RO o  inverno. Não adianta, sou completamente apaixonada por ele...

Li num blog, de alguém que não conheço

"Eu penso que parte da tarefa do 'melhor amigo' deveria ser imediatamente 'limpar' o seu computador se você morresse."

Ano Novo, filme 'antigo'

Zappeando, me deparei com ‘Coisas que Você Pode dizer Só de Olhar para Ela’ou ‘Things You Can Tell Just by Looking at Her’, um drama de 2000, dirigido por Rodrigo García (estreante na época).

São cinco vidas que se cruzam em San Francisco Valley, aparentemente desvinculadas, mas que por alguma razão se encontram. São mulheres comuns, que estão apenas vivendo suas vidas, como qualquer uma de nós. Há momentos em que nos identificamos com todas elas, com seus problemas, dúvidas, incertezas, bem como com seus momentos agradáveis.

Conta com um elenco de estrelas – Glenn Close, Cameron Diaz, Holly Hunter e outras não menos brilhantes, além do elenco masculino composto por Matt Craven, Gregory Hines e mais.

Dentre as frases marcantes: ‘Let me tell you about love. You don't ask, you give’ – ‘Deixe-me lhe falar sobre o amor. Você não pede, você dá ’, além de outras que nos fazem  parar e pensar sobre o assunto naquele momento, sem entender como que até agora havia sido impensado.

Complementando, é um filme feminino, nada de ação, com final ‘aberto’, mas que sugere temas como a solidão em geral, a necessidade das conexões e do envolvimento, a natureza do ser. Não é um filme pronto, é simples; apenas uma dica de filme para dar início ao ano que começou com pouco movimento nas ruas, sem vizinhos, tranquilo (e tomara que continue assim...).




Não deu tempo