Não deu
tempo para o almoço aquele,
Aquele que
vínhamos planejando há semanas,
para trocar
presentes, conversar amenidades,
falar mal
dos políticos, do que se almoçou ou jantou,
para dar
aquele abraço que poderia ser o último.
Esperávamos
o tempo melhorar,
ficar mais
quente pra quem gosta do calor
e agradável
pra quem gosta do inverno,
Coisas do
sul.
Não deu
tempo para eu atender o telefone
E desmarcar
o encontro,
Dizer ‘tudo
bem, sem problemas,
Vai com
Deus, beijo.’
E fiquei com
aquela impressão
De quem
perdeu a foto
Porque não
tinha o celular ou a câmera,
Ou fui
tapeada.
Por ele, de
novo.
Esse tempo
que não avisa,
Que não
segue agenda,
Que nos pega de surpresa.
E que passa.
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