Os Dois Minutos

Alguém lembra daqueles dois minutos que fizeram diferença? Aqueles que mudaram as horas seguintes, os dias, os anos, uma vida? Ou talvez duas?

Alguém recorda das palavras ditas, do dia chuvoso, molhado, da expectativa, da ansiedade, da alegria? Ou talvez se evoque a maturidade, o foco, a praticidade, ‘harmonizados’ à impulsividade, à inconstância, à completa irresponsabilidade, tão responsável?

Eu lembro...

Num mundo de dias mais curtos, de multiplicidades, habilidades, de impermanências; de olhares perdidos, de pouca ou nenhuma gentileza, de palavras demais, de barulho de sobra, de pressa... Ainda há tempo para os dois minutos.

Porém, a condição para eles é simplesmente a honestidade de sentimentos. Não adianta querer ‘enrolar’, utilizar jogos de palavras, querer ser o que não se é, mentir. Ser puro não é ser bobo. Esta vida será sempre curta - não conseguiremos ler todos os livros, estar com todos aqueles que amamos no mesmo lugar e no mesmo momento, nem fazer tudo que temos vontade.

Por essa razão, muitos ‘vivas’ aos dois minutos! E, algo importante... Registre-os, anote-os em algum lugar inusitado, para que no futuro, ao encontrá-los por acaso, você conclua o que concluí: nas intempéries do meu ‘tempo pessoal’, aqueles dois minutos foram determinantes para eu entender que minha vida tem valido à pena.

Um comentário:

  1. Lindo, lindo, lindo o texto. Mais do que providencial! E te aguardarei para o nosso café em POA ok? Obrigada por teres visitado o Insônias ... Grande beijo,

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Não deu tempo